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Greve dos servidores já dura quatro dias; TJ-BA ainda não abriu negociação

Imbui2

Niassa Jamena

Os Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia entram, nesta quarta-feira (29), no quarto dia de greve. A entidade prossegue com a paralisação por tempo indeterminado, iniciada na última sexta-feira.

Ocupando o Fórum Regional do Imbuí, escolhido como quartel general do movimento paredista, os trabalhadores da Justiça baiana seguem discursando sobre os problemas do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), sobre a pauta de reivindicações e explicando à população soteropolitana os motivos da suspensão dos trabalhos, enquanto aguardam que o presidente do TJ-BA, desembargador Eserval Rocha, abra um canal de negociação.

Judiciário para todos

A todo o momento os servidores ressaltam estar conscientes dos transtornos que a greve causa à sociedade, no entanto, alegam ser a greve a única moeda de troca que têm para tentar negociar com o TJ-BA, já que as diversas tentativas anteriores não surtiram efeito. “A gente sabe que os advogados sofrem pressão dos escritórios, que a população quer resolver os seus problemas, mas nós pedimos que todos compreendam a nossa luta. Somos pais e mães de família exigindo que seus direitos sejam cumpridos. Assim que a greve acabar vamos dar celeridade aos processos e todas as audiências estão sendo remarcadas automaticamente. Nossa luta é para um Judiciário melhor para o servidor. Um Judiciário melhor para o servidor é um Judiciário melhor para todos”, exaltou Palloni Quinto, do Juizado Especial Cível da Comarca de Canavieiras.

Reivindicações e críticas

Entre as exigências dos servidores estão a reposição inflacionária, o pagamento da Vantagem Pessoal de Eficiência (VPE) a todos os servidores, correção monetária da tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS) e o cumprimento da Progressão Funcional. Além disso, também criticam a priorização da segunda instância e a falta de infraestrutura e materiais básicos necessários ao atendimento do cidadão, como copos descartáveis e papel higiênico.

“A justiça do segundo grau está sendo priorizada com a Câmara do Oeste, construída sem previsão orçamentária, e já se pensa na criação da Câmara do Norte. Enquanto isso, a justiça de primeiro grau, que atende a maior parte da população, é vítima do descaso”, reclama o coordenador geral do Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ), Antônio Jair.

Já a coordenadora financeira e administrativa do sindicato, Ana Lúcia, criticou a não conclusão do PCS. “Eu quero que o desembargador Eserval Rocha escute o nosso apelo. Nós não estamos em busca de privilégio, e sim de justiça. O TJ-BA é mestre em dar calote no servidor. Há um calote crônico ao servidor. Não tem dinheiro para pagar o trabalhador, mas paga auxílio moradia de quase 5 mil para juiz, mas cria Câmara do Oeste. Aviso: a nossa greve é por tempo indeterminado”, sentenciou.

sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!

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