Nesta quinta-feira (29), em mais uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ), os trabalhadores da Justiça baiana decidiram as novas diretrizes de ação para a luta pelo reajuste linear, pelos itens da pauta de reivindicações não atendidos pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e contra os retrocessos sociais representados pela PEC 241 e pelo PLC 54.
Os servidores acordaram uma nova paralisação no dia 6 de outubro, com a realização de um ato público em frente à Governadoria do Estado. Também foi deliberada a realização de uma nova assembleia no dia 14 do próximo mês, com indicativo de greve e mobilização em frente ao TJ-BA.
A reunião foi iniciada no Fórum Regional do Imbuí, onde foram passados informativos para a categoria e, logo após, os servidores foram em carreata para o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) no Centro Administrativo (CAB), onde aconteceu a segunda parte da assembleia.
Carreata
Uma grande fileira de carros seguiu pela Avenida Paralela, puxada por um carro de som onde os coordenadores intersindical e administrativo financeiro, respectivamente Dionizio Jânio e Gustavo Vieira discursaram durante todo o caminho contra os privilégios dos magistrados e a falta de simetria entre o tratamento dispensado aos mesmos e aos servidores, o “reajuste zero”, a não extensão da Vantagem Pessoal de Eficiência (VPE) a todos os servidores e também contra o ataque aos direitos trabalhistas e sociais que vem sendo orquestrado pelo governo federal.
“Nós estamos aqui para que o governador Rui Costa tenha a dignidade de receber e sentar para conversar com os trabalhadores e para que a presidente do Tribunal de Justiça cumpra os compromissos que assumiu”, colocou Jânio durante o trajeto até o TJ-BA.
Nos veículos estavam expostos cartazes de protesto contra o auxílio moradia dos juízes, a não reposição inflacionária e o não pagamento de VPE para todos, além de bandeiras do SINTAJ.
Esperando sentado
Já em frente ao prédio do TJ-BA, os trabalhadores fizeram seus deliberativos e falaram sobre a sua indignação com o governador Rui Costa e a presidente do TJ-BA, desembargadora Maria do Socorro Santiago.
O servidor Ricardo Ribeiro, lotado na comarca de Camaçari, aproveitou o seu momento de fala para fazer um protesto irônico e contundente. Sentado em um banco o trabalhador se posicionou. “Eu vou me sentar porque desde o início da gestão dela nós estamos sentados aguardando. É sempre um fala fala e nada de entrar na conta”, reclamou.
Antonio Jair chamou os servidores lotados no Tribunal para fazer parte da manifestação. “Se você quer lutar pelos seus direitos a hora é agora. Venha até a plenária e se manifeste. Porque depois não adianta chorar pelo leite derramado”, discursou.
O ato foi encerrado logo após as falas dos servidores.
sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!
