Niassa Jamena
Ocupando a galeria e o saguão do plenário, os servidores do Poder Judiciário da Bahia fizeram uma manifestação na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), nesta terça-feira (25), para pressionar os deputados a votarem o projeto que prevê o reajuste linear de 6,41% para a categoria. A ação foi feita pelo Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ) em conjunto com o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinpojud), cujos filiados estão em greve desde o dia 30 de julho.
Entretanto, apesar da forte atuação dos grevistas a matéria não foi votada. Um projeto do governo – que prevê a venda de terrenos para complementar o Fundo de Previdência dos Servidores Estaduais da Bahia (Funprev) – está sobrestando a pauta da Casa. Enquanto ele não for apreciado, nenhum outro pode entrar em votação. O líder do governo na Alba, deputado Zé Neto, afirmou que seria necessário um acordo com a oposição, pois não poderia retirar o projeto. “Agora só depende deles”, disse o líder.
A sessão plenária continuou com o pedido da oposição para que o governo desistisse da matéria, que não é de interesse da minoria da Casa, e com as justificativas da situação para não ceder aos apelos dos servidores. “Eu quero que a categoria saiba que nós, os deputados da oposição, somos totalmente a favor do projeto de vocês e que estamos dispostos a dispensar todas as formalidades para aprová-lo”, assegurou o líder da oposição na Alba, deputado Sandro Régis.
“Eu queria pedir que vocês tenham bom senso. Eram dois projetos e já retiramos um. Estamos fazendo um esforço muito grande para votar o projeto do Judiciário. Mas se esse projeto [do Funprev] for retirado só poderemos votá-lo daqui a quatro meses e ele é importante para todos os servidores, inclusive os do Judiciário, porque diz respeito à previdência”, rebateu Zé Neto.
Contudo, apesar das argumentações de ambos os lados, o reajuste linear não chegou nem a ser posto em pauta, já que a oposição pediu vistas da matéria ligada ao Funprev. A previsão é de que o texto seja votado na próxima terça-feira (1º).
Negativa
Durante a sessão, o deputado Zé Neto chegou a pedir que os sindicatos se comprometessem a acabar com a greve até esta sexta-feira (28), caso o reajuste fosse votado. No entanto, a coordenação do SINTAJ, negou a solicitação do líder da maioria, alegando que era preciso consultar a base. “Não podemos nos comprometer com tal promessa, pois quem deflagra e suspende o movimento é a categoria e não os dirigentes sindicais”, asseverou Adriana Pondé, coordenadora de comunicação e imprensa do SINTAJ.
Sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!
