Servidoras e servidores de Salvador; o coordenador Mozart Suzart Pedra e a coordenadora Váleria Álvares estiveram presentes
“Queremos a recomposição dos nossos direitos, estamos há 8 anos sobrevivendo com a falta de reajustes nos salários”. Com essa fala, os servidores e servidoras do Poder Judiciário participaram da primeira paralisação coordenada pelo SINTAJ, que aconteceu hoje (16) em toda a Bahia.
O motivo das paralisações se dá pela falta de pagamento da Progressão Funcional por Merecimento anterior a 2013; pelo retorno do abono pecuniário, que foi extinto em 2015 e, detalhe, reestabelecido em 2017 apenas para os magistrados; pela concessão do auxílio-saúde, também aos aposentados, aposentadas e pensionistas, já que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) garantiu essa assistência a partir de uma resolução, e desde julho de 2021 vem sendo negada aos aposentados e pensionistas; e pela recomposição salarial, cuja defasagem persiste desde 2016, estando atualmente 50,55% a perda do poder de compra.
Para Ariane Barbosa, Analista Judiciaria do Sistema de Juizados Especiais, “esse movimento é importante porque nós passamos muito tempo calados, sofrendo os prejuízos contínuos das diferentes gestões, sem sequer ter nossos direitos atendidos, a exemplo da reposição inflacionária, acumulando perdas sem qualquer cuidado do poder judiciário para conosco”.
Servidores de Senhor do Bonfim; os coordenadores Adelson Costa e Fábio Caldeira estiveram presentes
A categoria pede que sua voz seja ouvida, que os problemas sejam sanados e isso acontecerá quando o TJBA atender aos direitos desses servidores e servidoras que inclusive adoecem em serviço pela falta de quantidade suficiente de trabalhadores por unidade. Daí, acumulam mais despesas com tratamentos, dentre outras dificuldades de características dispendiosas, alinhadas à perda do poder de comprar desses trabalhadores e trabalhadoras que impulsionam o funcionamento da justiça na Bahia.
“Se a paralização não é reconhecida por todos os servidores, deveria ser”, disse Rudival Rodrigues, da 5ª Vara de Causas Comuns do Fórum do Imbuí. Segundo ele, o TJBA é devedor contumaz dos servidores porque, infelizmente, eles negam os direitos que geram passivos e o recebimento desses passivos se dá após muita luta. Ele finaliza chamando todos os servidores e servidoras do Tribunal a participarem da paralisação que acontecerá no dia 22 em frente ao TJBA.
Fábio Caldeira, Coordenador de Comunicação, destaca a importância da participação dos Delegados Sindicais. Caldeira ressalta que esse movimento tomou corpo devido à grande adesão da maioria da base de filiados do SINTAJ e em especial pela organização e empenho dos Delegados Sindicais, os quais são peças fundamentais para que a categoria alcance os seus objetivos.
NOVAS PARALISAÇÕES
Buscando ter seus direitos atendidos, uma nova paralisação acontecerá na próxima quarta-feira (22), em frente ao TJBA e na semana seguinte, 29, será realizado um ato unificado, junto com outros sindicatos e entidades representativas que compõe o Fórum Baiano em Defesa do Serviço Público. Esse movimento ocorrerá em frente a Governadoria, seguido de uma caminhada até a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
Servidoras e servidores de Juazeiro; os coordenadores Edson, Luiz Cláudio e Paulo Fernando estiveram presentes.
Para a Coordenadora dos Aposentados, Aposentadas e Pensionistas, Valéria Álvares, a paralisação está sendo positiva, com servidores e servidoras de várias comarcas orientando as partes e advogados da necessidade da mesma, reconhecendo legítimo o movimento, face a grande defasagem salarial e contando com o apoio destes, por saberem que amanhã todos os serviços estarão normalizados.
Contamos também, no dia de hoje, com a presença de alguns aposentados e aposentadas em nosso movimento.
Valéria mostra-se confiante e diz que “a próxima paralisação terá maior adesão, rumo à conquista dos pontos prioritários da pauta de reivindicações de 2023. Auxílio saúde já!”
Servidores, para que todos os direitos sejam atendidos precisamos permanecer unidos nessa causa. Dia 22 esteja presente e reivindique seus direitos. Em uma só voz seremos ouvidos.
Sindicato FORTE, Servidor RESPEITADO!
Estamos juntos
Eu mesmo já adoeci por causa dessa defasagem no salário e a perda de 50% do poder de compra, principalmente com a inflação dos últimos anos, tendo que inclusive que fazer terapias e tomar remédios controlados de forma contínua há quase um ano, pela dificuldade que a gente tem passado (tanto psicóloga, quanto psiquiatra apontaram isso como motivo) por todo esse descaso com o que é nosso por direito.