por Raiana Costa
edição de Grace Maciel
Servidores públicos federais, estaduais e municipais encerraram 2º dia de protestos, nesta terça-feira (13). De acordo com a comissão organizadora, cerca de 15 mil pessoas se mobilizaram em Brasília pelo resgate da democracia no país. A passeata encerrou-se com o relançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, no Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal. Uma iniciativa da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil- CSPB, em parceria com a NCST, CTB, Força Sindical e outras centrais.
O ponto alto dos protestos teve como grande ato de luta os ataques contra a corrupção e a valorização do serviço público, sendo conduzido pela unidade das centrais sindicais, dos movimentos sociais, trabalhadores do setores público e privado, e estudantes de diversas partes do Brasil.
Neste contexto, a CSPB se destacou por fazer o contraponto a esses grupos e o apoio para a criação de Frentes Parlamentares que venham minimizar os efeitos dos momentos mais difíceis para os servidores públicos brasileiros. “O Governo atual conseguiu unificar as centrais, e a classe trabalhadora, que juntas lutam contra a retirada de direitos. Reassumimos o compromisso de fortalecer e reforçar esta luta com a unidade de ação rumo a valorização do serviço público do nosso país”, destacou, o presidente da CSPB e diretor da Nova Central, João Domingos Gomes dos Santos.
O relançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público reuniu, após o encerramento da passeata, iservidores e lideres sindicais que conclamaram pela defesa e o comprometimento dos deputados e senadores com o Estado Social de Democrático de Direito suficiente para valorizar, melhorar as condições de trabalho e qualidade de vida dos servidores públicos de todo Brasil. “Esta frente representa de fato a linha de frente dos interesses dos servidores públicos. A perspectiva neste momento é pela busca de um mundo melhor e a correlação de forças no Congresso Nacional que garanta a estabilidade para os servidores, além de barrar todas as propostas que possam ameaçar as conquistas trabalhistas”, explicou o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS). O parlamentar e a dep. Alice Portugal (PCdoB-BA) coordenam a Frente.
O secretário-geral da Nova Central, Moacyr Roberto fez, na sequência, uma retrospectiva da atual conjuntura do país, elogiou o senador Paim, grande defensor dos trabalhadores e ressaltou sobre a importância de se resgatar a democracia em favor dos trabalhadores, e em especial, quando se trata da valorização do serviço público, que é de extrema importância, pois a execução do trabalho realizado por esta categoria, já faz parte da realidade do povo brasileiro.
Foi esclarecido durante o encontro, que uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores tanto do setor público quanto da iniciativa privada estariam em curso no Congresso Nacional, sendo o intuito da Frente Parlamentar de tentar barrar esse avanço.
João Domingos criticou a proposta de emenda à Constituição (PEC 241/16), que vem para limitar pelos próximos 20 anos o aumento dos gastos públicos à inflação do ano anterior. “Esta reforma trata-se do negociado sobre o legislado, não existindo mais o efeito da CLT, e nenhuma lei terá mais força diante desta PEC”, encerrou Domingos.
A semana de mobilização é parte da campanha da categoria para barrar projetos e emendas constitucionais que podem levar ao que já é visto como o mais “brutal” corte de direitos das últimas décadas.
E para deter o avanço de tais propostas maléficas que as caravanas de servidores e outros setores da classe trabalhadora estiveram em Brasília esta semana.
Estão previstas ainda paralisações e atos nos estados em alguns segmentos do funcionalismo público para este ano.
serviço fotográfico de Júlio Fernandes
Nova Central com Secom/CSPB
