Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (10), os servidores auxiliares do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiram fazer paralisações de 72h, a partir do dia 7 de julho, para reivindicar o pagamento da reposição inflacionária. A paralisação deixará de ser quinzenal, que até então, acontecia às quartas-feiras. De acordo com a coordenadora de Comunicação do Sindicato dos Servidores Auxiliares do Poder Judiciário (Sintaj), Adriana Pondé, o TJ-BA, em reunião, apresentou o orçamento e a dificuldade que encontra para pagar a reposição inflacionária. “O TJ nos apresentou suas contas, e nós entregamos uma contrapartida para o tribunal para termos uma garantia de que os servidores receberão a reposição”, afirma Pondé. A reunião com a diretoria do tribunal aconteceu na última quarta-feira (3). Segundo Adriana, o tribunal já está próximo de estourar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê o gasto de 6% do orçamento com folha de pagamento. Atualmente, o tribunal já se aproxima dos 5,79%. A sindicalista afirma que o “Sintaj não aceita a indecência proposta pelo Executivo”, que parcelou o pagamento da reposição inflacionária em duas vezes. Segundo ela, o problema nas contas do tribunal foi ter pagado os 14% do reajuste dos magistrados, que não estava previsto para este ano. “O nosso reajuste linear já estava previsto. A reposição inflacionária é constitucional. Eles poderiam ter parcelado o pagamento dos magistrados para não estourar o limite”, pondera. A expectativa do sindicato é que o presidente do tribunal, desembargador Eserval Rocha, dê uma resposta até o início de julho sobre a reposição inflacionária. Durante os dias de paralisação, as unidades judiciárias não funcionarão e as audiências serão remarcadas.
Imprensa/Bahia Notícias
