Sobe o valor da cesta básica, governo federal garante recomposição salarial dos servidores públicos federais, respeitando a data-base, aumenta passagem de ônibus…, enquanto na Bahia, governador não cumpre data-base dos servidores(as) e não anuncia reajuste salarial.
Servidor e servidora, já deixou de pagar a conta de luz para ir ao mercado e ainda precisar parcelar as compras? E ver o salário cair na conta e se despedir como se fosse um fantasma? E no final do dia de trabalho, chegar em casa e “cadê a luz”? Cortou, porque precisava comer. Se identificou com essa história? É uma dentre tantas que têm atingido o funcionalismo público baiano que sofre com a ausência de ganhos reais e a decomposição salarial.
Apesar do artigo 258, da Lei Estadual 6.677, determinar que “para fins de revisão dos valores de vencimentos e proventos dos servidores públicos estaduais, ativos e inativos, é fixada em 1º de janeiro de cada ano a correspondente data-base”, por mais um ano o governador da Bahia, senhor Jerônimo Rodrigues, descumpre a legislação e deixa de escanteio a categoria do serviço público.
As perdas inflacionárias que atingem o funcionalismo público baiano estão acumuladas atualmente em 55,27%, ocasionando indignação de servidores e servidoras que fazem malabarismo todo mês para sobreviver. Mas, em 2024, 5,14% para o governador e 4%, parcelado e sem retroativo, para o serviço público.
Mesmo com os reajustes em 2015, 2022, 2023 e 2024, sendo o primeiro e o último parcelados, a perda inflacionária permaneceu, e vale considerar que aqueles reajustes foram apenas para repor a inflação, não havendo ganho real, que segundo o DIIESE “não permite a elevação do poder de compra, apenas sua manutenção”.
LUTAS IGUAIS, HISTÓRIAS DIFERENTES
As perdas salarias atingem as categorias no serviço público de maneiras diferentes. Servidores e servidoras do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia – TJBA, por exemplo, seguem lutando pela recomposição e para amenizar, buscam a aprovação do PCCV, que se encontra na Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, ainda sem previsão da inclusão na pauta de votação do Poder Legislativo.
E como se não fosse suficiente, o servidor e a servidora ainda enfrentam o sucateamento do Planserv que tem oferecido um serviço aquém e deficitário, já que para ser atendido o beneficiário precisa correr de hospital em hospital, para encontrar um que dispense cotas de atendimentos.
“Ah, servidor, mas o governador ofereceu o que pode pagar”, “ah, mas vocês reclamam muito”, “ah! mas, mas…”. Não tem mas, governador do Estado da Bahia!
“Estabelecer política de valorização e reconhecimento dos servidores(as), fortalecer o modelo de negociação e diálogo com o funcionalismo e com o atual sistema do Planserv”, são algumas das suas promessas de campanha que ainda estão no papel. Enquanto isso, servidores e servidoras ficam “a ver navios”, porque, senhor governador, pimenta nos olhos dos outros, é refresco!
Em 2026, reelegem novamente toda esta gente para atrapalhar a vida e a família do servidor público.
Neste momento só os servidores ativos tem voz!!! Pq precisam deles . Embora não pareça , o poder está com nossos colegas . Há muitos anos atrás , houve uma GREVE pq estávamos passando problemas semelhantes . Agora está pior ! Não nos respeitam ! Só uma Parada geral ! Mostrará a importância dos nossos serviços .
O Sr Governador não respeita os direitos dos Servidores que há anos ñ recebem um aumento de salário justo. Estamos aguardando o pagamento do Abono de Permanência referente aos anos de 2020 e 2021 que nos foi tirado, devido ao Decreto do ex-governador e hoje ministro Sr Ruy Costa. Salário congelado e trabalho dobrado! Absurdo!