Na manhã desta quarta-feira (1º) o Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ) compareceu a reunião convocada pela presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Maria do Socorro Santiago, com todas as entidades representativas dos servidores do Judiciário baiano. Apesar de o encontro ter como objetivo dar uma resposta aos itens da pauta de reivindicação apresentada pelas instituições, a gestora e sua assessoria não apresentaram grandes novidades aos trabalhadores. Na ocasião, o SINTAJ foi representado pelos coordenadores geral e jurídico Antônio Jair e Elizabete Rangel, respectivamente.
A administração falou das mudanças já implementadas, mas mantém o discurso em relação a crise orçamentária e financeira pela qual passa o TJ-BA. A desembargadora iniciou o encontro apresentando as ações já efetivadas pela sua gestão. De acordo com a presidente, já estão sendo pagos as substituições, os abonos permanência e os passivos dos servidores idosos ou portadores de doenças graves. Maria do Socorro também afirmou que autorizou nesta quarta a implantação da progressão por titularidade e o aumento do abono permanente para R$ 98 – atualmente o benefício é de R$ 60 e o acréscimo foi obtido por via judicial.
Nem tudo são flores
No entanto, quando os representantes do SINTAJ falaram sobre demandas como o reajuste linear e outros direitos da categoria a administração relatou, mais uma vez, as dificuldades pelas quais passa o TJ-BA. “A gente só tem dinheiro para pagar o salário dos servidores até novembro. O de dezembro e o 13º [salário] a gente ainda não sabe como vai ser”, avisou o secretário de planejamento do TJ-BA, Maurício Dantas.
A coordenadora Elizabete Rangel abordou ainda a extensão da Vantagem Pessoal de Eficiência, mais conhecida como GEE, a todos os servidores, mas, mais uma vez, foi colocado pela equipe administrativa que a correção desta distorção depende de um possível plano de cargos e salários ou reestruturação dos vencimentos.
Insatisfação
Ambos os coordenadores presentes no evento se disseram insatisfeitos com o resultado da conversa. “ Apesar dos esclarecimentos, o SINTAJ não está contente, visto que a dívida do Tribunal com o servidor é enorme e não há possibilidade de quitá-la em curto e médio prazo”, criticou Antônio Jair. Elizabete Rangel também não fez boa avaliação do encontro. “O único ponto positivo dessa reunião é a permanência do diálogo. Mas do ponto de vista prático, os direitos dos servidores continuam sendo usurpados. Diante da crise financeira do país e do Tribunal o trabalhador continua sendo penalizado”, reclamou.
sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!