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Em encontro, delegados debatem conjuntura política e Reforma da Previdência

Foto: Caique Oliveira/Sintaj

Na última sexta-feira (5) o SINTAJ realizou o seu Encontro de Delegados de 2019. O evento reuniu os delegados sindicais da entidade para debater a conjuntura política nacional e a Reforma da Previdência.

O encontro contou com três palestrantes: o administrador, consultor e professor universitário Ruy Barreto; a economista e supervisora técnica do DIEESE Ana Georgina Dias e o advogado Iuri Falcão.

Barreto fez um panorama da atual situação política do Brasil, relacionando esse cenário com a economia e as condições e ideologias dominantes no mundo do trabalho e tratou do avanço da ideologia conservadora no país. “O que nós perdemos entre 2013 e 2016 não foi uma presidente e sim o ambiente político”, afirmou. E complementa. “A esquerda achou que algumas situações já estavam satisfatórias. O campo conservador, apesar de não ter uma proposta consistente entendeu que o desarranjo político seria uma oportunidade de ascender ao poder”.

Ana Georgina tratou especificamente da Reforma da Previdência, que já está em tramitação no Congresso. De acordo com a economista, o atual projeto tem como medidas mais nefastas a proposta de substituir o sistema baseado na solidariedade pelo de capitalização (onde cada trabalhador faz uma espécie de poupança para a sua aposentadoria) e a penalização que a PEC faz dos mais pobres e dos trabalhadores públicos que não são do alto escalão.

Da dir. pra esq. Ana Georgina, Ruy Barreto e Iuri Falcão Foto: Niassa Jamena/Sintaj

“No sistema de capitalização cada trabalhador contribuirá com a sua caixinha, que não será mais gerida pelo governo. Caso eu fique impossibilitada de contribuir eu não tenho um sistema que me ampare” resumiu Georgina.

A última palestra foi do advogado Iuri Falcão, que abordou a retirada de direitos e fez um apanhado histórico do ataque liberal que o país vem sofrendo. Na visão de Falcão, a reforma é apenas mais uma etapa desse ataque, cujo próximo passo será a reforma tributária. “Eles querem desonerar a produção, mas não para gerar mais empregos. Mas sim para aumentar o número de ricos, o consumo de luxo, favorecer a uma classe média que possa consumir mais. É uma visão econômica centrada nos de cima”, analisou.

Após as palestras houve um momento para os delegados fazerem perguntas, comentários e debaterem com os palestrantes e, ao final, os presentes fizeram críticas e sugestões para a nova coordenação eleita. Todas as ideias serão analisadas pela coordenação na próxima reunião.O encontro aconteceu na sede do SINTAJ.

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