De acordo com estudo realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), entre janeiro de 2015 e dezembro de 2020 o salário dos trabalhadores do TJ-BA (Tribunal de Justiça do Estado da Bahia) acumulou uma perda de 36,96% se medida pelo IPCA-IBGE e de 37,71% de acordo com o INPC-IBGE.
Deveriam ser esses um dos percentuais pagos aos servidores, em 1º janeiro de 2021, para que eles pudessem recuperar o poder de compra que tinham em 1º de novembro de 2015, mês em que foi paga a última parcela do reajuste do referido ano, que apenas cobria a inflação de 2014. Desde janeiro de 2016, os trabalhadores não recebem a reposição e veem a inflação acumulada diminuir de forma progressiva e consistente o poder aquisitivo da categoria.
O documento ainda destaca outros problemas. Segundo o estudo, mesmo que estivessem recebendo a reposição isso não significa que a remuneração dos trabalhadores estaria em um patamar adequado. “A ausência de ganhos reais não permite a elevação do poder de compra, apenas sua manutenção”, diz a peça.
O estudo também demonstra que mesmo nos anos de 2013, 2014 e 2015, nos quais a reposição foi paga, os servidores amargaram prejuízos pelo fato de a implantação ter sido feita de forma parcelada. “Esse parcelamento, por si só, significou também uma perda de poder aquisitivo durante o período do ano onde apenas a primeira parcela havia sido paga”, afirma o estudo. Nesses anos, o efeito da inflação só foi realmente aplacado no mês de julho, em 2013 e 2014, e em novembro, no caso de 2015. “Além disso, significou um período com poder de compra sem a recomposição total da inflação passada e mais perdas devido à inflação daquele momento”, completa o documento.
O estudo ressalta que, apesar de em momentos de crise ser uma alternativa melhor receber a reposição de forma parcelada do que não receber, o correto e ideal é que o benefício seja pago de uma só vez. “É sempre desejável o reajuste pago em apenas uma única parcela, especialmente, quando o mesmo não traz ganhos reais” finaliza a peça. O estudo foi encomendado pelo SINTAJ.
E aí fica a pergunta nada pode ser feito para mudar esta triste realidade???
A reposição inflacionária não é um direito constitucional?
Até hoje não entendi o porque do Sr. Ruym Costa bater o pé e dizer que não paga e nada se faz...
Gostaria de poder obter tais esclarecimentos, porque pelo andar da carruagem a coisa tende a piorar e nada se faz.
Quem tiver uma resposta técnica, por favor...
E os Sindicatos só disseram amém, em todo esse período. Não entendo o porquê de não judicializarem! QUE VANTAGEM TEMOS EM PAGAR SINDICATO? UMA AGENDA OU UMA CANETA, ANUALMENTE? SE NADA FOR FEITO, DESFILIAÇÃO EM MASSA!
E, infelizmente, vcs nada fazem. No muito uma pauta de reinvidicações e postagens no instagram. Tanto sindicato, associação pra nada.
MILITÂNCIA DE REDE SOCIAL, FALTA MOBILIZAÇÃO EFETIVA POR PARTE DOS SINDICATOS