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NOTA DE REPÚDIO CONTRA FALAS PROFERIDAS PELO LÍDER DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

O SINTAJ repudia veementemente a declaração do líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA), quando afirma durante entrevista concedida a um meio de comunicação Estadual que a proposta de reajuste salarial de 4% foi negociada com “diversas categorias”.

Mesmo que essa fala tenha sido proferida por orientação do Governador, durante reunião com a sua base na Assembleia Legislativa deste Estado, o sindicato estende esse repúdio a tal discurso.

Mas, onde está o problema nessas afirmações? O SINTAJ explica: não houve negociação.

De 2016 a 2021, as perdas decorrentes da não reposição inflacionária fizeram com que o poder de compra dos salários chegasse a -54,25%.

Apenas nesses últimos três anos, a inflação acumulada foi de 20.57%, vejamos: 2021 (10,16%), 2022 (5,79%) e 2023 (4,62%), segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Entretanto, no mesmo período, o Governo do Estado concedeu recomposição de apenas 8%. Sendo 4% em 2021 e 4% em 2022, restando, portanto, 12,57%.

Daí, porque as entidades representativas dos servidores públicos estaduais pediram uma revisão linear de no mínimo 10%, uma revisão de apenas 4% é indecente, é zombar dos trabalhadores.

Essa afirmação de que a proposta havia sido negociada com diferentes representantes da categoria do serviço público não é verídica, não houve negociação e sim uma mera comunicação feita por representantes do Governador de que o mesmo enviaria um projeto de reajuste de 4%, parcelado em duas vezes, sendo 2% em maio e 2% em setembro, sem efeito retroativo a data-base (Janeiro).

Vale destacar que apesar da data-base dos servidores baianos ser no mês de janeiro, virou tradição os governadores da Bahia estenderem as negociações por meses até encaminhar os projetos para votação na ALBA, reforçando o descaso com o servidor e total desrespeito a Lei 6677/1994.

A categoria expressa a necessidade de urgentemente ser instalada uma mesa de negociação com o Governo, já que foi um dos itens do seu plano de governo de fortalecer o modelo de negociação e diálogo com o funcionalismo, melhorando a política de recursos humanos e de gestão de pessoas.

Porém, esse pedido de instalação da Mesa Permanente de Negociação já foi solicitado inúmeras vezes, por diversos representantes sindicais, mas seguem sem respostas. E assim, as decisões continuam sendo tomadas de forma unilateral, sem qualquer negociação com os trabalhadores do serviço público Estadual.

Vale enfatizar que desde o ano passado o Fórum Baiano em Defesa do Serviço Público protocolou na Governadoria o pedido de criação de uma Mesa Estadual de Negociação Permanente dos Servidores Públicos Baianos. E em resposta ao ato, o Governador informou que encaminhou para a Secretaria da Administração adotar as providências necessárias, contudo, nada mudou.

A defasagem salarial tem atingido a categoria de forma desumana. Não há negociação com os servidores públicos, estando todos insatisfeitos e reivindicando respeito e valorização.

Governador, respeite o servidor. O Senhor também é um servidor público, cujo cargo de Governador é passageiro, ao sair, deixe um legado bem diferente do seu antecessor.

Sindicato FORTE, Servidor RESPEITADO!

1 comentário em “NOTA DE REPÚDIO CONTRA FALAS PROFERIDAS PELO LÍDER DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA”

  1. Prezado(a) leitor(a),

    Seria interessante que essa manifestação chegasse ao governador.
    Infelizmente, boa parcela dos servidores públicos da Bahia, por uma história de sofrimento com a tirania de antigos governantes criou alguma esperança em se libertar daqueles governos, daí chegando a um novo momento para a Bahia.
    Vieram os governadores petistas, sonho para muitos e desilusão igual. Infelizmente, esses governantes, uma vez no poder, esqueceram suas lutas, suas histórias, seus compromissos etc., virando as costas para o povo, e não menos para essa parcela que faz a máquina do Estado funcionar.
    Hoje, boa parte de nós lamenta a DESGRAÇA que esses governadores têm sido para o serviço público, inclusive, não ouvimos ninguém defendê-los.
    Eles trouxeram discursos falsos e práticas abjetas uma vez no poder.
    Precisam ser desonestos para fazer promessas que não podem cumprir, e mais ainda para pratica com esmero a política que tanto condenaram em seus antecessores.
    É lastimável que a esperança sejam tão desgraçadamente aviltada por gente que nutre sentimentos tão torpes.
    É triste para um povo vê sua esperança aviltada.

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