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SINTAJ realiza VI CONTAJ

O consultor do DIAP, Marcos Verlaine, falou sobre as reformas Foto: Sintaj

Nestas terça (28) e quarta-feira (29), o SINTAJ realizou o VI CONTAJ (Congresso do SINTAJ). O evento aconteceu de forma completamente virtual e teve seu primeiro dia completamente dedicado à palestras sobre temas de interesse dos trabalhadores do Judiciário baiano. No segundo dia, os participantes aprovaram o regimento do CONTAJ e realizaram a plenária do Congresso.

A primeira palestra da terça foi proferida pelo analista político e consultor do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) Marcos Verlaine. O analista abordou o futuro do serviço público e do sindicalismo ante a constante retirada de direitos e concentrou sua fala nas reformas e nas medidas que vêm sendo tomadas desde o governo do ex-presidente Michel Temer: a PEC do teto de gastos e as reformas trabalhista, da previdência e administrativa.

Segundo Verlaine, todas essas propostas são consequências do projeto neoliberal que está sendo implantado no país. O consultor afirmou que a Reforma Trabalhista fez com que o trabalhador deixasse de ser protegido. “A reforma teve como eixo o negociado sobre o legislado. O Brasil sempre teve isso, mas nunca era para ser menos do que o que estava na CLT. As negociações eram sempre acima da CLT, porque a CLT já tinha o mínimo. Então não foi para acrescentar. Foi para retirar direitos”, afirmou o palestrante.

O consultor também deixou um aviso sobre a reforma administrativa. “A gente conseguiu interromper, mas não enterrar. Nós precisamos eleger um congresso que não volte com essa medida em 2023”, alertou.

Dr. Francisco Barbosa e Dr.ª Adriana D’Almeida também realizaram palestras no primeiro dia do Congresso Foto: Sintaj

O juiz do trabalho Francisco de Assis Barbosa Junior realizou a segunda explanação do dia com o tema “O sindicato e o teletrabalho”. O magistrado falou sobre o conceito de teletrabalho, a diferença entre esta modalidade laboral e o home office, explicou as vantagens e as desvantagens do trabalho remoto – para a empresa e para o trabalhador – e falou da necessidade de regulamentação dessa forma de trabalho. “Vivemos em um novo mundo. Nós precisamos de uma lei que controle esse mundo virtual e essas novas relações às quais estamos submetidos”, disse Barbosa.

O juiz também deixou claro que as entidades sindicais precisam se adaptar e acolher os trabalhadores que exercem suas funções em teletrabalho. “As demandas desses trabalhadores que estão isolados devem ser propriamente ouvidas pelo sindicato”, finalizou.

A última palestra do dia tratou da saúde mental e laboral do servidor e foi conduzida pela psicóloga Adriana D’Almeida. A palestrante falou sobre o estresse positivo e negativo e sobre a síndrome de burnout. “O burnout é uma síndrome decorrente do ambiente de trabalho. Um ambiente de trabalho é reflexo da sociedade”, disse D’Almeida.

O regimento do Congresso foi aprovado no 2º dia do evento Foto: Sintaj

A psicóloga ainda enfatizou que tratar o burnout de forma individual não adianta. É preciso que haja medidas efetivas também no âmbito organizacional, ou seja, dentro da empresa. “Não adianta ter palestra motivacional se no outro dia a pessoa volta para trabalhar no mesmo contexto”, declarou.

O segundo dia do congresso foi reservado para a aprovação do regimento e para a realização da plenária. O regimento foi aprovado por unanimidade pelos delegados do CONTAJ e coordenadores presentes. Logo após a votação, os participantes realizaram a plenária e decidiram os temas gerais que nortearão as ações do sindicato pelos próximos três anos. O primeiro dia do evento foi transmitido pelo Youtube e ficou gravado na plataforma.

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