Nos últimos dias, o povo brasileiro tem visto o recrudescimento dos impulsos autoritários do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e seus apoiadores. A cada contrariedade ou limitação institucional que sofre, Bolsonaro faz balões de ensaio, nos quais testa as águas da democracia para ver se terá apoio popular na aventura golpista que adoraria protagonizar, mas esse seu empreendimento não terá sucesso..
A tática de Bolsonaro e dos bolsonaristas é evidente: acabar com o sistema por dentro. A ideia é corroer a democracia de tal forma, que a instalação de um governo autoritário pareça apenas o prosseguimento da ordem natural das coisas. No entanto, a perda de popularidade do presidente por conta do mal gerenciamento da pandemia de Covid-19 e das investigações envolvendo ele próprio, seus filhos e seus apoiadores está fazendo com que o chefe do Executivo brasileiro tente avançar cada vez mais rápido para um governo em que só a sua palavra seja a lei.
Diante do estado de coisas descrito, o SINTAJ vem a público reiterar o seu posicionamento a favor da democracia e contra qualquer tipo de governo autoritário. Enquanto entidade representativa de trabalhadores, o sindicato não abre mão do seu compromisso social, que é o de lutar para construir uma sociedade mais igualitária e justa em todos os aspectos.
O SINTAJ acredita nos direitos humanos, na luta dos trabalhadores, na igualdade de gênero e raça, no respeito à liberdade de crença e na laicidade do Estado, na liberdade de manifestação e na justiça social. Nenhum desses valores pode ser cultivado em um governo autoritário que tem o caos como método e que relega os mais vulneráveis à sua própria sorte, como o que Bolsonaro e os bolsonaristas desejam implantar no Brasil.
O SINTAJ se junta a todo o povo brasileiro na luta a favor da democracia e contra a barbárie. Somente juntos poderemos vencer!
Estamos juntos nessa luta.
É preciso preservarmos a democracia.
A impressão que tenho é que boa parcela dos bolsonaristas não defende o Bolsonaro, mas, sim, o voto que depositou nas urnas.
De outro turno, a outra parcela é doente mesmo!