Os trabalhadores do Judiciário baiano decidiram manter a greve geral por tempo indeterminado da categoria. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada no Fórum Regional do Imbuí, nesta terça-feira (27). Os servidores asseguram que sustentarão o movimento paredista até que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) realize uma negociação efetiva e comprometida com a classe.
Durante a assembleia os trabalhadores passaram o panorama das suas unidades no que diz respeito a paralisação. Nesta terça a suspensão das atividades nos Juizados Especiais da Bahia completa nove dias.
“A comarca de Guanambi é um exemplo. Todos lá estão paralisados”, afirmou Álvaro Boaventura, delegado sindical do Juizado da cidade de Guanambi.
“Lá na minha vara a gente tem até dificuldade de fazer os 30% porque ninguém quer ficar”, relatou Ricardo Ribeiro, servidor da comarca de Camaçari.
“Nós estamos entrando no nono dia de greve com o Fórum do Imbuí parado. Todas as varas garantindo apenas os 30%, porque nós não queremos prejudicar a população”, discursou a coordenadora de comunicação e imprensa do SINTAJ (Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia), entidade que lidera a greve.
No encontro estiveram presentes o presidente e o coordenador da região nordeste da FENAJUD (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados), respectivamente Luiz Fernando Pereira e Alexandre Santos e o presidente estadual da CUT-BA (Central Única dos Trabalhadores Bahia), Cedro Silva.
“Enquanto a presidente não atender aos pleitos nós estaremos aqui na luta com vocês”, afirmou Luiz Fernando.
“O SINTAJ tem o respeito de toda a categoria do Poder Judiciário do Brasil. É um dos sindicatos mais atuantes do país e nós viemos aqui reconhecer a coragem dos companheiros e dizer que nós estamos juntos. A luta da federação também é aqui. Junto com a base”, incentivou o coordenador Alexandre Santos.
Cedro Silva também falou aos trabalhadores. “São vocês que garantem a paz e a justiça social através dos processos que julgam. É inadmissível que a presidente do TJ-BA não devolva à categoria a tranquilidade que vocês garantem à sociedade”, colocou o líder.
Ainda durante a assembleia os presidentes Cedro e Luiz Fernando foram ao TJ-BA tentar intermediar a abertura de um canal de negociação. Os líderes conseguiram marcar uma reunião com a administração da Corte já para o final da manhã desta quarta-feira (28).
sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!