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Em Assembleia, servidores decidem continuar a greve

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Niassa Jamena

Em Assembleia Geral, realizada na manhã desta quarta-feira (19), no Fórum Regional do Imbuí, os servidores do Poder Judiciário da Bahia decidiram, por ampla maioria, dar continuidade ao movimento paredista da categoria, iniciado no dia 24 de julho. A decisão se deu mediante a avaliação da proposta feita pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que oferece um reajuste de 6,41% no auxílio alimentação, totalizando um aumento de cerca de 51 reais no benefício.

A indignação e o lema “alvará zero” deram a tônica da reunião. Ao som de gritos de guerra, com faixas, cartazes e carros de som os trabalhadores demonstraram a sua revolta com o descaso com que o presidente do TJ-BA, desembargador Eserval Rocha, trata a paralisação e consideraram a proposição do Tribunal irrelevante. “Para mim não houve proposta. Porque isso não é proposta. O fato de o TJ não cumprir a lei faz com que ele caia em descrédito. Se o Tribunal não cumpre a lei, o cidadão comum vai cumprir?”, indagou Sueli de Souza, lotada no Juizado Cível da cidade de Santa Maria da Vitória.

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A Assembleia

O coordenador geral do Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ), Antônio Jair, abriu a reunião da categoria com um agradecimento aos servidores do interior e da capital por fortalecer o movimento grevista e com uma monção vergonhosa a seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA). A entidade entrou com uma ação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo a volta de 60% do efetivo dos servidores ao trabalho, além da expedição de alvarás. “Disponibilizar 60% da força de trabalho é descaracterizar toda a greve! Alvará não é serviço de urgência e a ordem do comando de greve é alvará zero!”, discursou Jair, no que foi bastante aplaudido pela categoria.

Logo após a abertura, o coordenador passou para os servidores informações sobre o prosseguimento da greve. O dirigente falou sobre as ações feitas desde o início do movimento paredista, o andamento das negociações e sobre a situação do projeto do reajuste linear que foi enviado pelo TJ-BA para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Devido à falta de verba, não há previsão para a aprovação da matéria. “Quando nós estivemos com o líder do governo na Alba, deputado Zé Neto, para saber a situação do projeto ele nos disse: ‘se o Tribunal disser de onde vai sair o dinheiro, a gente aprova’. O TJ estaria contando com verba suplementar do Executivo, mas o governo já disse que não vai mais suplementar. Ficou claro que o TJ encaminhou o projeto para se livrar da ação que o SINTAJ abriu no CNJ pedindo o reajuste”, atestou Jair.

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Sugestões dos servidores

Após os informes foi votada a continuidade da greve, a autonomia do comando e os servidores encaminharam sugestões de estratégias para o andamento da paralisação. Ainda durante o encontro, os delegados falaram sobre a situação das comarcas do interior. De acordo com os depoimentos, os servidores de grande parte das cidades do estado aderiram ao movimento. O clima de insatisfação é grande e a categoria se mostra mobilizada.

“A gente não deve aceitar o aumento do auxílio alimentação. Isso não satisfaz nossos anseios. Por mim continua a greve, até porque o nosso principal pleito é a VPE. E eles só incluíram esse auxílio porque irá beneficiar todo o Tribunal, juiz, desembargador… todo mundo que já está com o bolso cheio”, decretou Sílvio Moreira, do Juizado Adjunto Criminal de Itaparica.

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