O coordenador geral do Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário (SINTAJ), Antônio Jair, afirmou, nesta segunda-feira (27), que os trabalhadores da Justiça baiana não estão pedindo aumento, mas reivindicando o plano de cargos e salários que está previsto em lei e ainda não foi pago. “Ao contrário do que foi divulgado pelo Tribunal [Tribunal de Justiça da Bahia] em um veículo de comunicação, nós não estamos pedindo aumento. Nós queremos o cumprimento da Lei 11.170, que prevê o plano de cargos e salários que nos está sendo negado. As decisões do Supremo em favor dos magistrados o Tribunal cumpre, mas as que são em favor do servidor, não”, protestou.
Dando continuidade a greve iniciada na última sexta-feira (24), os servidores ocuparam novamente o Fórum Regional do Imbuí, nesta segunda. Com faixas, cartazes e panfletos de esclarecimento à população, os grevistas pedem que o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Eserval Rocha, abra um canal de diálogo com a categoria. As audiências que acontecem no local estão prejudicadas, pois a população, informada sobre a greve, não está comparecendo ao Fórum. No entanto, os servidores mantêm os serviços essenciais, como a expedição de liminares de saúde e a resolução de casos relativos a abastecimento de água e fornecimento de energia elétrica.
Movimento
“Eu já estive em outros movimentos de greve e das outras vezes nós não estivemos tão atuantes. Nessa movimentação as pessoas estão muito mais atuantes devido ao arrocho que nós estamos sofrendo”, observa Vera Rolim, servidora da 17ª Vara em Salvador.
Já o servidor Alberto Miranda, da Secretaria do Tribunal de Justiça, acredita no potencial do movimento paredista, mas reprova a atitude do TJ-BA. “O movimento está forte, sobretudo devido ao apoio do pessoal do interior. Esperamos conseguir nossas conquistas. No entanto, a postura do Tribunal é de intransigência. O pagamento do plano de cargos e salários é lei e o Judiciário não está cumprindo essa lei”, criticou.
Apoio da CUT
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) da Bahia, Cedro Costa e Silva, também esteve no Fórum do Imbuí apoiando o movimento do SINTAJ. “A crise de 2008 está chegando até o trabalhador, mas não é o trabalhador que tem que pagar essa conta. É importante continuarmos a luta. A CUT apoia o SINTAJ. Vocês não estão sozinhos”, assegurou Costa e Silva.
Niassa Jamena
Jornalista SINTAJ
sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!