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NOTA DE REPÚDIO CONTRA A EXTINÇÃO DO CARGO DE OFICIAL DE JUSTIÇA PELO TJAM

Diante da última decisão do Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM) em propor, através de Resolução que visa alterar a Lei nº 3.226/08, para extinguir o cargo de Oficial de Justiça e Oficial de Justiça Avaliador, o SINTAJ-BA vem externar toda sua indignação contra essa deliberação unilateral que além de causar indignação na categoria foi realizada de maneira sigilosa.

Para o TJ-AM, as funções desempenhadas pelos Oficiais de Justiça podem ser feitas também por servidores comissionados e efetivos. Segundo o texto “fica, em extinção, o cargo de Analista Judiciário – Oficial de Justiça e de Analista e de Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador.” Segundo a proposta, “resolução do Tribunal de Justiça regulamentará a extinção gradual dos cargos de Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliador, cujas atribuições serão desempenhadas, também, pelos servidores efetivos e comissionados do Tribunal de Justiça.”

Essa decisão, partida de um Tribunal de Justiça, se enquadra como um ataque direcionado a uma categoria e atinge não somente o servidor público, mas também o próprio Tribunal, vez que se trata de precarização de serviço essencial a justiça.

A desvalorização do serviço público se torna cada vez mais alavancada diante de ações como esta, que visa terceirizar as atividades típicas de Estado, como a de Oficial de Justiça, desrespeitando e anulando sua importância, seriedade.

Para o coordenador geral do SINTAJ, Adelson Costa, Oficial de Justiça na Bahia, a extinção de cargos efetivos para criação de cargos comissionados é um retrocesso em desfavor do Estado e da própria sociedade, pois o ocupante de cargo comissionado não tem a mesma autonomia funcional do servidor efetivo, não tem liberdade funcional para agir conforme os rigores da lei, e isso é bastante prejudicial numa democracia, vez que a independência funcional é pilar para o pleno exercício de funções essenciais à justiça. Portanto, não concordamos com a decisão do TJAM e solicitamos que reconsidere a decisão urgentemente, para o bem do próprio Tribunal de Justiça e do povo amazonense.

O SINTAJ repudia essa atitude do TJAM e se solidariza com a categoria de Oficiais e Oficialas de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas.

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