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Setembro amarelo: campanha da Fenajud de valorização da vida começa nesta quinta (1º)

Lema deste ano é “Sua Vida Importa” e vai abordar o assunto de forma simplificada, com o intuito de informar a todos sobre o suicídio e a importância de preveni-lo.

Desde 2018, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados, em parceria com os sindicatos filiados, organiza e publica a campanha em defesa da vida, intitulada de Setembro Amarelo. A Federação aderiu à campanha por entender que o Setembro amarelo é importante, pois tem como objetivo informar a todos sobre o suicídio e a importância de preveni-lo.

O dia 10 é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontecerá fortemente durante todo o mês, com o intuito de chamar atenção para a situação e quebrar tabus que rondem o tema. O lema deste ano é “Sua Vida Importa” e diversas ações serão desenvolvidas e compartilhadas no site e redes sociais em todo território nacional.

De acordo com informações divulgadas pelo Conselho Federal de Medicina, Associação Brasileira de Psiquiatria e Associação Psiquiátrica da América Latina, “a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, de 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contabilizar os episódios subnotificados, que pode ultrapassar um total de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS”, apontam.

Especialistas alertam ainda que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.

Estudo da Fiocruz

O suicídio, conforme dados oficiais, é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos sociais à sociedade. E um estudo inédito, realizado pela Fiocruz, e divulgado em julho de 2022, avaliou o comportamento do suicídio no Brasil em 2020. O epidemiologista Jesem Orellana, do Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia), e o médico psiquiatra Maximiliano Ponte, da Fiocruz Ceará, mostraram parte dos efeitos indiretos associados à primeira onda da pandemia de Covid-19 sobre as mortes por suicídio, com aumento significativo nas regiões Norte e Nordeste, socioeconomicamente mais vulneráveis.

Os resultados apontam que, em homens com 60 anos e mais da região Norte, o excesso de suicídios alcançou 26%. Além disso, nas mulheres de 30 a 59 anos da região Norte, durante dois bimestres consecutivos, também houve o excesso de suicídios. O padrão também foi observado nas mulheres com 60 anos ou mais do Nordeste, com excesso de suicídios de 40%.

O estudo da Fiocruz utilizou dados oficiais de mortalidade do Ministério da Saúde do Brasil. “O objetivo da pesquisa foi estimar o excesso de suicídios no Brasil e avaliar padrões dentro e entre as regiões do país. A pandemia de Covid-19 já resultou em mais de 6 milhões de mortes diretas em todo o mundo e outras centenas de milhares de mortes indiretas, como o suicídio”, aponta o documento.

Os autores salientam que “países de baixa e média renda como o Brasil, foram severamente atingidos, não só pelos efeitos diretos sobre a mortalidade, mas também por seus efeitos indiretos em outras causas de morte. Por isso, a necessidade de se abordar o tema, por ser ainda relevante para o país e o mundo e para evitar que mais vidas sejam perdidas”.

Prevenção

O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.

IMPRENSA/FENAJUD

 

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