Nesta sexta-feira (7), o SINTAJ e o SINPOJUD entraram, conjuntamente, com o PA (Processo Administrativo) TJ-GEN-2021/01581, no TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) para adiar o retorno às atividades presenciais e permitir que os trabalhadores do Judiciário baiano permaneçam em teletrabalho. A retomada está prevista para esta segunda-feira (10) e começaria a partir da fase 2.
De acordo com os protocolos de retomada estabelecidos pelo Tribunal, a segunda fase do trabalho presencial consiste na abertura das unidades judiciárias somente para trabalho interno, com a realização de rodízio de servidores de até 30% do total de trabalhadores de cada unidade e expediente reduzido de 9h às 15h.
Como argumento para reivindicar a manutenção do trabalho remoto, ambos os sindicatos usam os indicadores epidemiológicos sobre a COVID-19 fornecidos pela Sesab (Secretaria de Saúde do Estado). Segundo os dados da Sesab, a taxa de ocupação de leitos de UTI adulto está em 73% e da UTI pediátrica em 75%, demonstrando que, como já apontado por cientistas, a nova onda tem sido bastante perigosa para os mais jovens e até para as crianças. Só nas últimas 24 horas foram confirmados 3.471 novos casos e 83 óbitos na Bahia, ainda de acordo com informações do órgão.
Além disso, a secretaria também já identificou as variantes de Manaus e do Reino Unido do coronavírus, que são muito mais perigosas do que o vírus original, em 31 cidades baianas, incluindo Salvador. A Sesab pediu que os baianos evitassem viajar para essas cidades para conter a contaminação. Foram 93 casos confirmados (em que 29 evoluíram para óbito) da variante de Manaus e 13 da do Reino Unido.
Os dados acima mostram, de forma muito clara, que ainda não é seguro o retorno ao trabalho. A expectativa de vacinação foi reduzida, tendo em vista a falta de insumos e da chegada de novas remessas. Ainda é preciso manter o isolamento social, a fim de que vidas sejam preservadas.