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SINTAJ repudia decisão do TJ-SE de cortar salário de trabalhador com doença autoimune

Ao que tudo indica, a falta de sensibilidade com as mais de 79 mil mortes – de acordo com dados divulgados neste domingo (19) – causadas pelo coronavírus e a ausência de preocupação em preservar vidas não é uma postura que fica restrita somente ao governo federal e seus apoiadores mais fanáticos. O TJ-SE (Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe) vem demonstrando que a Corte também não está lá muito empenhada em garantir a proteção dos seus trabalhadores e da população sergipana que precisa utilizar o sistema de Justiça.

Na semana passada, o TJ-SE ameaçou cortar o salário de um servidor que possui uma doença autoimune e, por isso, está no grupo de risco da Covid-19, caso ele não volte a trabalhar presencialmente nas instalações do Tribunal.

Darlan Menezes é analista judiciário da área de sistemas do Tribunal e tem espondilite anquilosante, doença para qual toma remédios que baixam a sua imunidade. Por não ter computador em casa, Darlan solicitou a cessão de um equipamento, por parte da Corte, para ele poder trabalhar remotamente. O pedido foi negado pelo TJ-SE. Logo após, conseguiu um afastamento de 45 dias baseado em orientação médica. No entanto, agora o Tribunal decretou que se ele não voltar a trabalhar presencialmente terá suas faltas computadas e descontadas da sua remuneração.

O SINTAJ declara o seu total repúdio à atitude do Tribunal sergipano. A coordenadoria da entidade sindical considera desumana a forma como o caso de Darlan vem sendo tratado. O órgão para o qual o trabalhador se dedica e presta seus serviços deveria demonstrar um pouco mais de responsabilidade e respeito para com a vida do seu servidor e de todos os outros que conviveriam com ele no mesmo ambiente. É importante ressaltar, mais uma vez, que Darlan solicitou um computador para que pudesse exercer suas funções em teletrabalho e sua solicitação foi negada.

O SINTAJ se coloca à disposição de Darlan e do Sindijus-SE para colaborar na luta contra essa arbitrariedade do TJ-SE. No momento em que estamos vivendo o mais importante é preservar vidas, principalmente dos mais vulneráveis ao vírus. Deste princípio o SINTAJ não abre mão.

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