Na manhã desta terça-feira (21) os trabalhadores do Judiciário baiano foram ao TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) cobrar à administração da Corte o cumprimento do acordo firmado pela presidente, desembargadora Maria do Socorro Santiago, que fez com que os servidores encerrassem a greve realizada pela categoria durante o mês de junho deste ano.
O fim do movimento paredista liderado pelo SINTAJ (Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia) foi condicionado a um empenho e comprometimento da mandatária em garantir uma tramitação célere do projeto que minimiza as disparidades salariais entre os servidores e o encaminhamento para a ALBA (Assembleia Legislativa da Bahia) do texto que solicita a reposição inflacionária dos trabalhadores da Justiça, assim que o governador Rui Costa fizesse o mesmo em relação aos servidores do Executivo.
Os trabalhadores conversaram com o chefe de gabinete da presidente, Salvador Neuraci e cobraram a ele uma providência em ralação às duas questões.
“Esse projeto [da disparidade salarial] não está tendo o tratamento que foi acordado com a gente. Não há interesse nenhum da parte da presidente. A gente está vendo isso claramente. Nós acompanhamos outros projetos, mais complexos até, que tramitam com muita rapidez”, afirmou a coordenadora de comunicação do SINTAJ, Adriana Pondé.
Neuraci tentou minimizar a situação afirmando que a questão do reajuste linear tem que ser tratada diretamente com o governador e que o responsável pelo projeto da diminuição da disparidade salarial é o coordenador dos Juizados Especiais, o juiz Paulo Chenaud. “Claro que eu sei de tudo, mas toda matéria tem alguém que está à frente”, desconversou. O sindicato procurou Chenaud, mas o coordenador está em viagem.
O TJ-BA não tem cumprido com nenhuma parte do acordo firmado. O projeto que minimiza as diferenças remuneratórias não anda. Apesar de estar na Comissão de Reforma, a matéria, idealizada e elaborada pelo SINTAJ, apenas caminha de uma secretaria para outra sem que haja uma decisão definitiva para que possa ser enviada para a ALBA.
Já em relação à reposição inflacionária, o governador Rui Costa já sinalizou que enviará para a Casa Legislativa estadual os pedidos de reajuste para algumas das categorias do Executivo, como os policiais, professores e profissionais de saúde. No entanto, até o momento, a Corte não fez nenhuma menção a uma proposta contemplando os servidores do Judiciário.
A coordenação do SINTAJ e os trabalhadores da Justiça exigem o cumprimento do acordo feito em negociação durante a greve e irão tomar todas as medidas necessárias para que o TJ-BA deixe de lado as decisões meramente protelatórias e honre o que prometeu.
sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!