Nesta terça-feira (11) os trabalhadores do Judiciário baiano decretaram greve parcial, a partir da próxima segunda-feira (17). De acordo com o que foi decidido pela categoria, todos os servidores realizarão suas atividades normalmente durante as três primeiras horas dos seus respectivos expedientes e nas três últimas paralisarão os trabalhos e farão mobilizações. A deliberação foi feita em assembleia geral.
Os servidores que trabalham no turno da manhã prestarão serviço das 7h às 10h e os do turno da tarde trabalharão das 13h às 16h.
O movimento paredista durará até o dia 27 de abril, quando ocorrerá uma nova assembleia da classe para avaliar o movimento e definir os próximos passos da mobilização. Durante a assembleia, também foi decidido que os trabalhadores da Justiça aderirão a greve de cunho nacional, que será realizada em todo o Brasil dia 28 de abril contra a reforma da previdência.
Os servidores vêm desde 2016 cobrando incessantemente à presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Maria do Socorro Santiago, que atenda às reivindicações da categoria, inicialmente com pedidos de reunião e depois com a realização de paralisações de 24 e 48 horas. Entretanto, a gestora não só não atendeu a quase nenhum dos pleitos, como desde o início de 2017 utiliza estratégias protelatórias para não receber os servidores, em um flagrante desrespeito aos trabalhadores.
Os principais pleitos dos servidores são o pagamento do reajuste linear, negado há dois anos pelo governador Rui Costa; o pagamento da Vantagem Pessoal de Eficiência (VPE) – antiga GEE – para os servidores que não a recebem e dos passivos devidos pelo TJ-BA; regulamentação das férias e tratamento isonômico entre todos os membros do Tribunal.
A greve está sendo capitaneada pelo Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ), representante dos trabalhadores dos Juizados Especiais, das secretarias do TJ-BA e dos Juizados da Infância e Juventude.
Na greve, durante as três horas de paralisação serão mantidos 30% do efetivo de cada unidade, que priorizarão a expedição de liminares de saúde, religamento de água e luz, dentre outros casos emergenciais.
sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!