Niassa Jamena
O movimento paredista dos servidores do Judiciário baiano continua acontecendo no Fórum Regional do Imbuí. Após terem sua entrada na instituição barrada devido a uma decisão judicial, os trabalhadores se concentram, nesta segunda-feira (24), em frente ao prédio da unidade de justiça.A medida proibitiva resultou de uma medida cautelar oferecida pela seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) ao Ministério Público do Estado (MP-BA).
Na ação, a entidade da advocacia exige a manutenção de 30% do efetivo trabalhando, além do cumprimento das medidas de urgência e a proibição de protestos em prédios do Poder Judiciário. Em caso de descumprimento dessa última exigência,o Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ) está sujeito a multa diária de R$ 3 mil. A sentença foi decretada na última sexta-feira (21), pelo desembargador José Cícero Landin Neto.
Mas apesar das restrições, os servidores continuam confiantes na continuidade do movimento. “Com o cumprimento da liminar nós passamos a fazer a manifestação do lado de fora do prédio. Mas isso não diminui em nada a força do movimento. Pelo contrário, nós ficamos ainda mais fortalecidos porque a injustiça continua”, afirmou Adriana Pondé, coordenadora de comunicação e imprensa do SINTAJ.
O servidor Alberto Miranda, lotado no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), também acredita que a liminar não afeta de forma significativa a paralisação. “O movimento permanece fortalecido, apesar da decisão judicial que a gente está cumprindo. Mas é bom ressaltar que isso tudo é uma questão da OAB. O movimento sempre foi pacífico e vai continuar pacífico”, garantiu.
Os grevistas ainda deixam claro que as liminares de emergência e os 30% do efetivo que obrigatoriamente deve ficar disponível para a população sempre foram cumpridos. “Nós intensificamos com os colegas a questão dos 30%, também ordenado pela liminar, para que não deixe de ser cumprido, mas queremos ressaltar que essa obrigação sempre foi respeitada desde o início da greve”, destacou Adriana Pondé.
Apoio
Ainda nesta segunda, às 13h30,os servidores se reunirão com o Instituto dos Advogados da Bahia (IAB) e com a Associação Baiana dos Advogados dos Juizados Especiais (ABAJE).As entidades se ofereceram para ajudar os trabalhadores na negociação com o TJ-BA. “A ABAJE e o Instituto dos Advogados estão de parabéns por terem essa sensibilidade. Eles estão tendo uma postura contrária a do presidente Luiz Viana [presidente da OAB-BA]”, elogiou Antônio Jair, coordenador geral do SINTAJ.
sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!