A presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Maria do Socorro Santiago, deu apenas uma passada rápida na reunião que havia sido marcada com representantes do Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ) para o fim da manhã desta quarta-feira (15). O encontro tinha como objetivo ouvir da gestora um retorno sobre a pauta de reivindicações de 2017, entregue a magistrada no dia 27 de janeiro, data em que ficou agendada a conversa desta quarta, em uma ocasião que reuniu vários trabalhadores da Justiça baiana.
Apesar de estarem preparados para debater vários pontos da pauta e ouvir um posicionamento da chefe do Judiciário, os representantes do SINTAJ passaram quase todo o encontro apenas aguardando a gestora na companhia de assessores da presidência e outros representantes da administração do Tribunal.
Com a persistência dos representantes, mais de uma hora depois, a desembargadora enfim resolveu atender os seus colegas de serviço público. Chegou de forma corrida, com uma assessora de prontidão a lhe lembrar a hora, alegando não poder discutir nenhum tópico pois estava atrasada para outro compromisso. A presidente sentou-se por cerca de 10 minutos. Logo após a sua saída, a reunião foi encerrada.
Com ar de pressa e insatisfação por estar ali, falando de forma superficial e apressada, a chefe da Corte usou o pouquíssimo tempo em que esteve presente para vetar a participação dos servidores nos estudos sobre a Resolução 219 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que modifica a disposição dos servidores de todo o Judiciário baiano. Segundo a mandatária, não há a possibilidade de representantes dos trabalhadores participarem dessa discussão porque a norma é eminentemente técnica e objetiva.
“Quando tiver concluído [o estudo] aí eu posso chamar os senhores. Não garanto que vai ser aquilo que vocês falarem, mas eu posso ouvir suas sugestões”, desconversou a magistrada.
Habituada a muita conversa e poucas ações efetivas, a presidente do TJ-BA deixará esta reunião marcada na mente dos servidores da Justiça baiana. Ela quebrou uma marca pessoal. Nem sorriso distribuiu.
Os representantes do SINTAJ ficaram muito insatisfeitos com a postura da presidente e serão obrigados a relatar, na assembleia geral extraordinária que acontecerá nesta sexta-feira (17), para a sua base a ausência da gestora durante praticamente todo o encontro. Infelizmente a postura da desembargadora não está deixando outra escolha para os trabalhadores a não ser a paralisação total das atividades do Judiciário.
sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!