A ação movida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) a partir de uma representação apresentada pela seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) contra o movimento paredista dos servidores do Judiciário baiano foi repudiada pelo Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário da Bahia (Sintaj). O desembargador José Cícero Landin Neto acatou o pedido do MP e determinou que o sindicato mantenha 30% do efetivo em trabalho, além dos serviços de urgência e não poderia realizar manifestações em prédios do poder Judiciário. Para o Sintaj, a sentença é inócua, já que o sindicato vem cumprindo o que obriga a lei de greve. O coordenador do Sintaj, Antônio Jair ainda criticou a postura do presidente da OAB-BA, Luiz Viana. “Repudiamos a ação interposta pelo presidente da OAB-BA, já que essa medida tem objetivos meramente eleitoreiros, visto que esse ano ocorrerão as eleições da referida entidade. Uma ação dessa natureza não tem o menor objetivo do ponto de vista jurídico e prático, já que os servidores, de forma ordeira e extremamente responsável, estão ofertando à população tudo o que a lei lhes garante”, declarou. Jair ainda afirmou que apesar da sentença, a categoria deve continuar o movimento com a mesma força. “Eles estão fazendo isso em razão da pressão recebida pelos advogados, devido aos prejuízos financeiros que eles alegam ter em decorrência do movimento grevista” afirmou o coordenador. Ainda de acordo com o sindicalista, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Eserval Rocha autorizou que um representante do Sintaj acompanhe a elaboração do Plano de Cargos e Salários (PCS) por uma comissão, quando está para ser formada. Essa reivindicação é um dos pleitos da categoria.
Imprensa/Bahia Notícias