Nada novo sob o sol. Nesta terça-feira (20) o Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ) confirmou informações de que o assessor da presidência do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), juiz Paulo Chenaud, ordenou a um funcionário do Fórum Regional do Imbuí que passasse nos gabinetes dos juízes do local para pegar a relação dos servidores que estão trabalhando e dos que aderiram ao movimento grevista da categoria, iniciado nesta segunda-feira (19).
A vontade de parar a greve é tão grande que, além do pedido feito através de ofício aos magistrados, já nesta segunda, para que esses enviassem a “lista da vergonha” para a COJE após o fim da suspensão das atividades – similar ao realizado durante as paralisações de 24 horas –, Chenaud sentiu necessidade de garantir reforço através da administração do Fórum.
Já deveria estar claro para o assessor que essas estratégias intimidatórias não provocam medo nos trabalhadores do Judiciário. Se assim fosse, a classe não teria deflagrado o atual movimento paredista. Entretanto, a atitude aguça a indignação dos servidores, que confirmam ter absoluta razão em tudo o que dizem: a administração do TJ-BA é parcial, não trata todos os membros da Corte com isonomia e não se importa com o servidor, já que tenta coibir o direito legítimo e constitucional de greve da categoria.
Apesar da revolta, a postura de Chenaud já era aguardada e não surpreende. Os trabalhadores conhecem de perto a personalidade autoritária e pouco afeita ao diálogo do juiz que administra a Coordenação dos Juizados Especiais (COJE). A medida fortalece o movimento. Os trabalhadores se manterão cada vez mais firmes na paralisação dos trabalhos até que o TJ-BA os chame para uma negociação efetiva sem voltar atrás na palavra dada.
sindicato FORTE, servidor RESPEITADO!
Já era de se esperar uma atitude como esta da parte da Coordenação dos Juizados e com certeza os servidores já estão acostumados com este tipo de ameaça.